sexta-feira, 29 de abril de 2011

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Vivo aqui neste momento
Hoje aqui, amanhã não se sabe
Vivo agora antes que o dia acabe

Como as ondas com a maré
Até onde não vai dar mais pé
Este instante tal qual é
Vivo aqui e seja o que Deus quiser...
(Sérgio Britto)

O dia que eu for

O dia que eu for
Quero o cheiro das flores
Não das mortas jogadas ao chão
Mas daquelas com cheiro de vida
Que envolvem amor no coração.

O dia que eu for
Quero música suave
Embalando meu sono tranquilo
Envolvendo preces sinceras
Que trazem paz ao ombro amigo.

O dia que eu for
Não quero estar indo
Quero saber que cheguei
Pois estar indo é partir
E chegar é sentir o sorrir.

Quando eu for
Nem quero saber
Quero estar no amanhecer
Mas sei que pra isso é preciso
Merecer, merecer, merecer.

(Inez Alvarez)

Caminho da pressa

Caminho da pressa
Vou em frente sem demora 
Passo a frente, chega a hora 
Em linha reta não entorta 
Vou partir, vou vida a fora. 

Vou cantando, vou sorrindo 
Anoiteceu, estou dormindo. 
Falta pouco, estou subindo 
Neste trem que está partindo.

Estou sem tempo e atrasada 
Cheguei agora...apressada. 
Deixo beijos na estrada 
no caminho e na moçada. 

(Inez Alvarez)

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Os homens falam em matar o tempo, enquanto o tempo silenciosamente os mata.
(Dion Boucicault)
A vida não passa de um instante, mas basta este instante para empreendermos coisas eternas.
(E. Bersot)
Eu não me envergonho de corrigir meus erros e mudar as opiniões, porque não me envergonho de raciocinar e aprender.
(Alexandre Herculano)

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Do que serviria a vida se não fosse para corrigir os erros, vencer os preconceitos e alegrar cada dia nosso coração e nossos pensamentos?
(Romam Roland)

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“Sabe o que quero de verdade? Jamais perder a sensibilidade, mesmo que às vezes ela arranhe um pouco a alma. Porque sem ela, não poderia mais sentir a mim mesma.” (Clarice Lispector)

Fragmentos III

Oh Deus que dificuldade é essa?
Porque tanta fraqueza nos momentos em que deveria dizer o que o coração sente?
Até quando isso vai acontecer?
Noites de insônia, batimentos acelerados, aperto no peito, ansiedade...
Saudade de tantas coisas, até de quem fui outrora.
Distância, ausência, horas se esvaindo depressa demais...
Dia após dia mais solidão, solidão que muito tempo me fez bem, mas que hoje me assombra, me espanta, machuca o peito, arranha a alma...
Feridas curadas, cicatrizes permanentes...
Oh Deus porque tento por tantas pessoas e nenhuma tenta por mim?
Porque tanto medo de perder o que não se tem?
Amargo silêncio que corrói a alma.

Denise Losekann

Fragmentos II

Passo horas sem dormir, lembrando das coisas que vivi...
Súbitos apertos no peito por lembrar que não se lembram mais de mim!
Que sentimento tortuoso é esse que esmaga meu coração, que dia após dia perde um pedaço, pelas pessoas que perdi...
Mas que culpa tenho eu, se esse foi o caminho que escolhi, afinal não tenho ninguém por mim, quem eu tinha já se foi, espero os reencontrar no fim...

Denise Losekann

Fragmentos I

Sabe o que eu mais sinto falta?

São aqueles simples momentos compartilhados.
Passar horas falando besteiras, contanto segredos, rindo das loucuras que vivemos.
De um abraço terno de amigo...
Ligações noturnas, longas conversas no MSN, café na madrugada...
Caminhar sem rumo na companhia de um amigo apenas para sentir a brisa ou apreciar a lua.
Sinto falta das coisas que não vivi que não disse com medo de ser mal interpretada.
Sinto falta dos amigos que me ensinaram a ser quem sou...
Mesmo que não saibam sou quem sou pelo que aprendi com vocês!

Denise Losekann